‘Homossexualidade: surge uma nova religião?’
Marcos Melo é
jornalista e chefe de redação do PortalVerdade Gospel.
Leia o artigo na íntegra!
Homossexualidade: surge uma nova
‘religião’?
Virou moda afirmar que não compete à
religião questões como aborto e a tal da homossexualidade. Este argumento que
invalida a posição conservadora e tradicional das igrejas é facilmente
encontrado nos discursos eruditos dos ministros do nosso “Moderníssimo Supremo
Tribunal Federal”.
É bem verdade que ouço muito dizer
por aí que religião e fé só fazem algum sentido para quem as tem. Logo, as
regras deste jogo sujo supõem que o debate sobre homossexualidade deve ser
unilateral e apenas considerar as opressões sofridas por determinadas minorias
sociais, ignorando, assim, a fé da maioria da população brasileira (cristã),
custe o que custar.
A fragilidade desse argumento e dessa
visão tão antidemocrática me assusta, pois observo que este discurso
“inclusivo” é sempre pautado pela multiplicidade (a tão explorada pluralidade),
levando em consideração todos os grupos sociais, diversos comportamentos, até
os mais inusitados e promíscuos, e dentro dessa falsa ideologia de agradar a
todos, se lembram de esquecer da maior parte desta nação: evangélicos e
católicos.
Vale lembrar que toda manifestação
contrária a uma doutrina religiosa já é um novo conceito religioso em
potencial, uma nova crença. Quando homossexuais discordam do conceito basilar e
tradicional de família, sugerem automaticamente a existência de um novo
paradigma religioso. Simples!
Na política, por exemplo, quando
alguém não concorda e critica uma posição adotada pelo governo,
irremediavelmente está sugerindo que haja uma maneira alternativa daquilo ser
feito. É oposição, mesmo que não seja uma ação articulada ou partidária, mas
ela se levanta e confronta com ideias e convicções aplicadas.
Martinho Lutero era católico e se
manifestou contra a religião romana. Sua ação em denunciar as incoerências
analisadas caracterizou um protesto, gerando uma nova crença: o protestantismo.
Não anulou o Catolicismo, mas despertou a consciência para falhas evidenciadas
por ele, dando origem a uma nova forma daquela fé ser professada.
Não há, portanto, ausência de credo.
Tudo se mistura no campo das ideias: convicção filosófica, religiosa,
comportamental, emocional… Não se pode calar uma opinião sob pretexto de sê-la
de origem religiosa. Qual a raiz do posicionamento e comportamento de quem quer
que seja? Não se pode considerar a opinião de um ateu? Deve-se considerar o
ponto de vista de um maçom? Mas afinal o que fazem os maçons em suas
congregações secretas? A diferença é que evangélicos e católicos não dissimulam
a fonte de onde provém suas explicações – nem devem!
Há uma incidência relevante de casos
de homossexualidade na Umbanda, Candomblé e Espiritismo. Não é novidade para
ninguém! Poderíamos calar a militância gay por trazer consigo este histórico
religioso?
Toda opinião é uma oposição ao
pensamento contrário, seja religioso, filosófico, étnico… Fica claro que não
acreditar em nada já é acreditar que nada existe.
Se não há idoneidade na opinião de um
cristão, o mesmo juízo deve ser aplicado aos que não comungam com suas
convicções, pois quem garante que toda esta oposição não seja alimentada por
alguma crença religiosa disfarçada e ocultada no âmago do caráter?
Marcos Melo
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