quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

DESAFIO DE MISSÕES NO SERTÃO NORDESTINO.

Apesar de vivermos no sertão nordestino, há por parte da igreja uma ausência no compromisso de alcançar esta considerável parcela de não alcançados, que estão mais próximos de nós do que podemos imaginar.

 Acredito que a melhor forma de alcançar os sertanejos é com obreiros formados no próprio contexto do Sertão. Precisamos evangelizar e discipular na região do maior desafio monocultural do Brasil. Acredito que muitas igrejas não investem no Sertão Nordestino, por várias razões. Muitas não conhecem a realidade que está bem próxima de seus templos, seminários e casas – é necessário um maior engajamento e uma maior pesquisa por parte da igreja e organizações que se interessam pelo evangelização do Sertão Nordestino.

 Não há ainda no RN um órgão voltado especificamente para coletas de dados sobre a atual situação das comunidades rurais inalcançadas, daí a necessidade de algo voltado para esta tarefa. Somado a isto, ainda há pouco investimento nessa área missionária, muitas igrejas preferem os grandes centros urbanos para se expandirem. Devido ao difícil acesso, bem como as precárias condições de habitação, torna-se muitas das vezes difícil a escolha do missionário em ir para tais comunidades.

O desafio do Nordeste em estatísticas O sertanejo é resistente ao Evangelho. Sua fé é sincrética, hereditária, repassada mais de uma forma folclórica, tradicional, do que mesmo de uma forma discipulada. É uma “herança cultural” de seus antepassados, que em alguns casos é como se fosse uma desonra deixá-la. Cito um exemplo: o festejo junino! São João, não é citado como um santo que realiza milagres, porém é o mais “festejado”, com a sua típica festa do sertão, onde até mesmo que não crer nele como santo, participa de seus festejos! Vejamos alguns dados relevantes sobre a atual situação de nossa “Janela 10×40” doméstica: É a segunda região mais populosa do Brasil (51 milhões de habitantes) e a que possui a menor porcentagem de evangélicos (13%); É onde está a maioria (71%) das cidades menos evangelizadas do Brasil; Das 485 cidades com menos de 3% de presença evangélica, 343 estão no interior nordestino; Das 258 tribos indígenas brasileiras, 39 estão no Nordeste e, destas, 29 ainda não tem uma igreja capaz de evangelizar seu próprio povo sem ajuda externa.

 Das 724 comunidades quilombolas (descendentes de africanos), 523 estão no Nordeste e onde, em sua grande maioria, ainda não existe uma igreja; Historicamente estas cidades do sertão têm sido classificadas como “resistentes” ao avanço da igreja evangélica devido a idolatria.

A zona rural nordestina possui mais de 10 milhões de habitantes com menos de 0,1% de crentes. Estimamos que existam mais de 10 mil povoamentos sem nenhuma presença evangélica é aí que a igreja que está nas capitais, grandes centros, devem investir parte de seus recursos e missionários. Há algumas inciativas que tem feito grande diferença no contexto do Sertão Nordestino.

Temos a JUVEP que no estado da Paraíba tem realizado um relevante trabalho na plantação de igrejas no sertão. Recentemente esta agência missionária fez 30 anos de existência, tendo sido pioneira no Nordeste.

 No Ceará temos a Missão CEIFA, que há mais de uma década trabalha com treinamento de equipes para plantação de igrejas, em parceria com igrejas locais.
No RN, a IEADERN tem feito um bom trabalho de plantação de igrejas em comunidades rurais não alcançadas. Com projetos de envio de famílias missionárias para zona rural.

O sertão nordestino, precisa ser visto pelas igrejas das grandes cidades, como uma grande oportunidade de se plantar igrejas e projetos sociais, pois foi pra isso que a igreja foi convocada por Jesus, ir e pregar o evangelho aos cativos e perdidos, isso é a grande comissão da igreja evangélica no Brasil e no mundo.

O Movimento Nacional de Evangelização do Sertão Nordestino, está empenhado nessa luta, apoiando projetos sociais, e plantação de igrejas no Sertão. A sede do movimento está em Juazeiro do Norte, com a liderança do Pr. Jonatan.

Nosso clamor é que o Senhor abra os olhos do nossos pastores das grandes igrejas, olhem para o sertão nordestino.